Tempo nublado, frio na pele,
Silêncio na alma e barulho na mente;
Momento oportuno pra findar o que há muito não tem coragem;
Mas a coragem não sabe se fica na gente.
Na pia, a torneira goteja;
No relógio, o ponteiro dança devagar;
Cada gota aumenta em mim, o desejo de apreciar esse ponteiro;
Pra saber exatamente, onde tudo isso vai terminar.
O sentir limita o pensar racional;
Te pedem pra escutar o coração,
Mas te obrigam a agir pela razão.
Onde entra o bater do coração como uma mensagem?
Enquanto esforço em me escutar;
Essa vida está só de passagem.
Nesse dia propício de finalizar o início,
O gotejar da torneira,
O andar vagaroso do ponteiro,
O cobertor te abraça,
O chá te aquece...
A gente come pra nutrir o físico,
A gente reza pra nutrir o espírito,
Onde é que o amor se encaixa nessa história?
Então... Fico a pensar.
