Brevidades



Nas entrelinhas do coração ela vai descrevendo o que sente em forma de gestos simples e sutis demais para serem percebidos por pessoas que se apressam com a vida lá fora.
O coração dela sabe, ela sabe, mas ninguém chega perto e diz o que ela já sabe...
Aos olhos dos outros ela reage com ingratidão todas as flores que recebe, mas por dentro só ela sabe que na grande maioria das vezes, ela não merece tanto assim.
As flores são coisas que ela pensa e que por ventura se materializam em forma de gestos, amores e sorrisos que ao longo da vida ela vai colecionando.
Na estante dos pensamentos dela, existe um significado especial pra cada pessoa que passa no caminho dela, seja pra trazer algo de bom ou algo ruim e, o mais cômico disso, é que ela acredita genuinamente que todos os momentos por ela vivido vão ser pra sempre... Tolinha, não é mesmo?
Essa tolice sentimental faz parte da essência dela e às vezes, mal compreendida de todo esse mar de emoções que a inunda, ela até pensa em desistir... e vez ou outra aparecem alguns seres (que pra ela, só podem ser celestiais) pra dizerem a ela o quanto ela conseguiu vencer e é merecedora de tudo aquilo que ela conquistou até hoje.
Não basta dizer, tem que crer e, afirmar (reafirmar) que tudo nessa vida é passageiro, assim como uma música que tem seu início, meio e fim, todo e qualquer momento por melhor (ou pior) que seja, vai passar!
Alguém por favor, explique a ela sobre as brevidades da vida, ensine-a o que ela já sabe sobre o ritmo cíclico dessa vida que passa diante dos olhos dela e, que de vez em quando, é permitido desabar, mas na grande parte das vezes SÓ é permitido sorrir e agradecer por tudo que acontece a ela.

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