Observações De Uma Kohai - III

É dificil começar a falar de algo em que nem todas as palavras do mundo conseguiriam "traduzir". Ai Ki Do, estou tendo ainda mais certeza que não é simplesmente uma arte marcial, uma "luta" ou apenas uma filosofia; é a vida. A vida que reflete nos movimentos, nas técnicas, nas quedas e principalmente na harmonia. Nos dias atuais, estamos lidando a todo momento com competição, onde o mais "forte" sempre vence, mas muitas das vezes esquecemos que onde ambas as partes há "força" o resultado é nulo, é como "dar murros em pontas de facas", ambas as partes sofrem as consequencias de seus atos. Procuremos entao, experimentar a capacidade de harmonizar... Não somente é ter flexibilidade (ela é muito importante), mas o auto-controle para conseguirmos controlar o suposto "adversário" - que pode ser, a vida profissional, os relacionamentos pessoais, familiar, ou qualquer outra dificuldade. Se não tivermos controle próprio, é inevitavel  não conseguir controlar a situação em que se encontra.
O equilíbrio não é algo fácil de se obter, é necessário muita força de vontade, autoestima e treino. Sim! Treino. Pois quanto mais se treina algo, mais se torna "fácil" ou com menor grau de dificuldade, tornando-se espontâneo. O Aikido é assim, é o treino para que o equilíbrio faça parte da nossa vida, como algo completamente normal. A tranquilidade que aprendemos a exercitar no tatame, é a mesma que necessitamos de ter na vida cotidiana, pois a intranquilidade transmite a insegurança, que esta por sua vez é tormento de grande parte da sociedade que está escassa de tranquilidade.
São vários aspectos que a Arte da Paz, nos demonstram ser necessária não somente nos treinos no dojo, mas também na sociedade.
No entanto, percebi que o Aikido é tão importante para o "eu próprio" quanto para o "eu coletivo", pois pessoas harmônicas, tranquilas e espontâneas são cativantes e o que querem conseguir, simplesmente flui, não necessitando de usar a "força", somente a harmonia.